No Brasil, o Dia da Trabalhadora Doméstica é comemorado no dia 27 de abril. Entretanto, existe o Dia Internacional do trabalho doméstico, que é dia 22 de julho. O Sindicato dos Auditores Fiscais do Trabalho do Estado da Bahia (SAFITEBA) realizou uma campanha alusiva a esta data homenageando três nomes que representam a luta da categoria: Laudelina de Campos Melo, Lenira Carvalho e Creuza Oliveira.
Laudelina de Campos Melo
De acordo com a campanha, Laudelina de Campos Melo é pioneira na luta pelos direitos dos trabalhadores domésticos e fundadora da primeira associação de trabalhadores domésticos do Brasil em 1936, que se tornou o primeiro sindicato da categoria, em 1988. Seu nome integra o Livro dos Heróis e Heroínas da Pátria, localizado no Panteão da Pátria e da Liberdade Tancredo Neves, em Brasília.
Lenira Carvalho
O texto da campanha informa que Lenira de Carvalho iniciou a luta pelos direitos das domésticas na década de 1960. Nos anos 1970, fundou, juntos com outras trabalhadoras, a Associação das Trabalhadoras Domésticas do Recife, que se tornaria Sindicato, em 1988. No processo de redemocratização do país, representou as trabalhadoras na Constituinte, discursando em plenário e entregando a carta da categoria com suas reivindicações.
Creuza Oliveira
A campanha afirma que Creuza Oliveira, presidenta de Honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas, é uma das fundadoras da Associação das Empregadas Domésticas da Bahia. Ela teve um papel fundamental na assinatura da chamada PEC das Domésticas, que em 2013 alterou a Constituição ao estabelecer a igualdade de direitos entre trabalhadores (as) domésticos e os demais trabalhadores urbanos e rurais. Ela é a primeira trabalhadora doméstica a receber título de doutora Honoris causa no Brasil, concedido pela Universidade Federal da Bahia (UFBa).
Data
No dia 22 de julho é comemorado internacionalmente o “Dia do Trabalho Doméstico”. A data foi firmada há 103 anos, nos Estados Unidos, já fazendo referência à luta por condições de trabalho mais justas.
O motivo da celebração vem de uma história, não se sabe ao certo se fictícia ou verídica, conta-se que em 1921, um empregado chamado Joe Paul Simenn lutava por uma folga. O homem que era empregado em uma importante mansão da cidade de Ywgardnent, na Califórnia, há muitos meses tentava um dia de descanso junto aos seus patrões, para poder ver sua esposa e filhos que moravam distante. A folga, entretanto, nunca era concedida sob a alegação de que a família empregadora ficaria sem ter quem os servisse.
No mês de julho, o empregado teria recebido, por carta, a notícia de que uma de suas filhas estaria gravemente doente. Na ocasião também se aproximava o primeiro aniversário do seu filho caçula, que tinha visto apenas recém-nascido. Foi então que Joe Paul teve a ideia de dizer aos seus patrões que entre os dias 21 e 22 de julho, era o “Dia do Serviçal” e por isso deveriam conceder folga. Ele alegou ainda que quem não desse o descanso aos seus trabalhadores corria o risco de ser punido na corte, como era conhecido o tribunal, na época.
O empregado teria espalhado o boato por toda a vizinhança, sendo assim, os demais empregadores também com medo de serem punidos na justiça concederiam folga aos seus empregados e a história dele ganharia mais força (Fonte: domesticalegal.com.br).