O SINDOMÉSTICO/BA marcou presença na Caminhada do 2 de Julho, maior manifestação popular da Bahia, que celebra os 202 anos da Independência e exalta o protagonismo do povo baiano na luta por liberdade e soberania. Com faixas, bandeiras e muita força coletiva, o sindicato levou para as ruas a defesa do trabalho doméstico digno, da memória histórica e da resistência negra e feminina, que marcam a trajetória da categoria no Brasil.
A participação da entidade reafirma seu compromisso com a valorização das trabalhadoras e trabalhadores domésticos, em especial das mulheres negras, que sustentam historicamente esse setor fundamental da sociedade brasileira.
Para Lindinalva Jesus Luz, secretária de Imprensa e Divulgação do SINDOMÉSTICO/BA, o 2 de Julho tem um significado profundo, tanto individual quanto coletivo:
“Participar do 2 de Julho, pra mim, é participar da minha própria história. É não deixar que ela morra, não permitir que apaguem da nossa memória tudo o que já vivemos e conquistamos com tanta luta e sangue. Como movimento sindical, é nossa missão manter viva essa história, levar nossas crianças, nossas associadas, ocupar esses espaços e deixar um legado para as próximas gerações. A Bahia nasceu resistente. Ontem lutamos por emancipação, hoje lutamos por sobrevivência. Ainda estamos nas ruas, especialmente nós, pessoas negras, lutando por liberdade e dignidade no século XXI”, destacou Lindinalva.
Ao lado da diretoria, associados e apoiadores, o sindicato seguiu em cortejo pelas ruas do Centro Histórico até o Campo Grande, defendendo a importância de políticas públicas, respeito aos direitos trabalhistas e reconhecimento ao trabalho doméstico como profissão essencial.
A presidenta Milca Martins destacou que a presença do SINDOMÉSTICO/BA na caminhada do 2 de Julho é um ato político de resistência:
“Estar nas ruas no 2 de Julho é honrar cada mulher que veio antes de nós, que cuidou de lares sem ter seus direitos reconhecidos, que enfrentou o racismo e a exploração e, mesmo assim, seguiu em pé. Nós, do SINDOMÉSTICO/BA, carregamos esse legado com firmeza e seguimos exigindo respeito, dignidade, políticas públicas efetivas e o fim da naturalização da desigualdade no trabalho doméstico. Essa caminhada não é apenas uma celebração: é a reafirmação de que o nosso lugar é na história, é na política e é na luta por justiça social todos os dias”, afirmou Milca.
A caminhada também foi um momento de diálogo com a população e outras organizações sociais, fortalecendo as alianças em defesa da equidade racial e de gênero, da justiça social e da preservação das tradições populares como ferramenta de resistência e educação política.