A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Domésticos da Bahia (SINDOMÉSTICO/BA) participou do lançamento do longa documental “Servidão”. O evento fez parte da programação do Seminário em alusão ao Dia Nacional de Combate ao Trabalho Escravo e pelos 15 anos de atuação da Comissão Estadual para Erradicação do Trabalho Escravo da Bahia (Coetrae-BA), ocorrido no último dia 26.
“Servidão” foi dirigido pelo cineasta Renato Barbieri, que marcou presença no lançamento, no Museu de Arte Moderna da Bahia (MAM), no Circuito Saladearte. Após a exibição foi realizado um debate.
O filme aborda o trabalho escravo contemporâneo, com foco na Amazônia brasileira. A produção teve o apoio do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC).
A presidenta do SINDOMÉSTICO/BA, Milca Martins, afirma que todos devem assistir ao filme, que relata sobre o trabalho análogo à escravidão em fazendas na região Nordeste. “O documentário retrata a submissão e toda violência que os trabalhadores vivenciaram. Além disso, mostra a triste realidade do trabalho escravo infantil”, avaliou.
Para a secretária geral do SINDOMÉSTICO/BA, Rosângela Conceição de Santana, o documentário “Servidão” é de suma importância. “Saber que ainda em pleno século 21, ainda seguimos escravizando as pessoas e dentre elas muitas crianças. O documentário retrata desde muito antes dos direitos constitucionais até hoje. Houve avanços, inclusive retrata como pessoas que sofreram processo de escravização, hoje, tornou-se liderança e combate essa absurda e atroz violência contra pessoas que só querem trabalhar e sustentar sua família. A sociedade precisa está atenta e perceber o qual podemos ser aliadas no combate e denúncias de trabalho análogo a escravidão. Não podemos ser coniventes com o silêncio. Uma frase que marca o final do documentário e que devemos levar pra vida é: Abolição já!”, informou.
Na avaliação da secretária de Imprensa e Divulgação, Lindinalva Jesus Luz, “o filme é um importante material pedagógico para se trabalhar com os jovens de nossas escolas. É importante para eles saberem como foi a escravidão no passado e como ela acontece nos dias atuais. Uma forma de chamar a atenção dos nossos alunos para a educação, a importância de adquirir conhecimentos. Conhecendo seus direitos esses alunos, futuros trabalhadores dificilmente serão lesados nos seus direitos”, disse.
O longa documental ficará em cartaz em alguns cinemas de Salvador, para que o público possa conferir posteriormente.