A presidenta de honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), Creuza Oliveira, participou, nesta quarta-feira (18), de encontro do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e as centrais sindicais. O evento reuniu cerca de 600 pessoas, no Palácio do Planalto, em Brasília.
Na reunião, o presidente Lula anunciou a criação de um grupo de discussão para tratar de uma política permanente de valorização do salário mínimo.
Estiveram presentes também os ministros do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, e da Casa Civil, Rui Costa.
“Este foi um importante momento para os trabalhadores. Na ocasião, o governo e as centrais falaram sobre a questão do salário mínimo, do fortalecimento das centrais sindicais, economia, desmontes e retrocessos e as consequências nefastas do desgoverno Bolsonaro. O presidente Lula frisou também a importância de rever as reformas trabalhista e previdenciária. Lula deu o recado sobre a importância sindical no nosso país”, disse Creuza Oliveira.
Durante o discurso, Lula afirmou que reajustar o salário mínimo “é a melhor forma de fazer distribuição de renda neste país”. O presidente defendeu também que não adianta o Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil crescer se ele não for distribuído.
“Nós já provamos que é possível a gente aumentar o mínimo acima da inflação e o mínimo é a melhor forma da gente fazer distribuição de renda neste país. Não adianta o PIB crescer se ele não for distribuído, […] neste país o PIB já cresceu 14% ao ano e o trabalhador ficou mais pobre, porque se o PIB cresce e fica só com o dono da empresa, quem fez o PIB crescer não ganha nada que é o trabalhador brasileiro. Então o salário mínimo tem que subir de acordo com o crescimento da economia”, disse o presidente.
Além disso, Lula retomou um dos compromissos firmados durante a campanha: o de propor uma nova estrutura de financiamento para os sindicatos e novas regras trabalhistas que levem em conta o cenário atual do mercado.
O ministro do Trabalho e Emprego, Luiz Marinho, informou que a proposta deverá respeitar a “previsibilidade” da economia.
“Importante para o empresariado, prefeitos, governadores, governo federal, para que possamos fazer o que fizemos no primeiro governo do Lula: crescer o poder de compra do mínimo, mantendo inflação [baixa] e [controle] fiscal”, afirmou.
Com informações do Portal G1.