As trabalhadoras domésticas da América Latina e do Caribe participaram de um evento histórico para a categoria. Ocorreu, nesta quinta-feira (9), a 2ª Audiência Pública da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, na sede da organização, em Washington (EUA).
Na ocasião, a secretária geral da Confederação Latinoamericana e do Caribe de Trabalhadoras do Lar (Conlactraho), coordenadora de Atas da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), e presidenta do Sindicato das Trabalhadoras Domésticas de Nova Iguaçu, Cleide Pinto, apresentou a agenda pública das demandas e prioridades da categoria.
A audiência foi realizada atendendo ao pedido das entidades CONLACTRAHO, Federação Internacional das Trabalhadoras Domésticas (FITH) e Themis – Gênero, Justiça e Direitos Humanos.
“Atingimos o nosso objetivo de mostrar à CIDH as péssimas condições de trabalho do emprego doméstico remunerado na América Latina. Pedimos também que a CIDH interceda para proteger as trabalhadoras domésticas do trabalho análogo à escravidão, já que casos como o da mineira Madalena Giordano, resgatada em 2020 após quase 40 anos de trabalho forçado e não remunerado, têm sido registrados em todas as regiões brasileiras”, disse Cleide Pinto.
De acordo com as entidades, é preciso melhorar as legislações, cumprir e implementar os dispositivos já existentes, e ratificar a Convenção OIT 189 em toda a região.