A secretária de Formação Sindical e de Estudos do Sindicato das(os) Trabalhadoras(es) Domésticas(os) da Bahia (SINDOMÉSTICO/BA), presidenta de Honra da Federação Nacional das Trabalhadoras Domésticas (FENATRAD), e coordenadora geral do Instituto de Educação e Cultura 27 de Abril (IEC), Creuza Oliveira, participou, nos dias 18 e 19 de junho, do Simpósio Internacional “Neoliberalismo e Alternativas (GENA-Amazônia)”.
O evento, realizado pela Universidade Federal do Pará (UFPA), com a parceria da Defensoria Pública do Estado do Pará e do Tribunal Regional do Trabalho da 8ª Região (TRT-8), ocorreu no Auditório Aloysio da Costa Chaves, localizado no prédio do TRT-8, em Belém.
O Simpósio abordou os temas, Controle Bio-Necropolítico dos Corpos, Pandemia do Covid-19, Trabalho Escravo e Reprodução Social.
Na ocasião, Creuza Oliveira ministrou o tema Trabalho Escravo Doméstico. Durante sua fala, a sindicalista ressaltou a história da trabalhadora doméstica Sônia Maria de Jesus, de 50 anos, que foi resgatada em uma operação contra o trabalho análogo à escravidão da casa de um desembargador e que depois retornou à residência dos investigados.
“A FENATRAD é incansável no combate a este crime perverso que acomete muitas trabalhadoras domésticas Brasil a fora. De 2017 a 2023, as equipes de fiscalização do Ministério do Trabalho já realizaram 119 resgates de trabalho escravo em ambiente doméstico. Os resgates aumentam ano após ano. Em 2021, foram 31 pessoas, 2022 o número passou para 35, e 2023 saltou para 41 resgates”, informou Creuza Oliveira.
O evento contou com a participação dos professores e cofundadores da rede de pesquisa Gena, Christian Laval e Pierre Dardot, da Universidade de Paris – Nanterre, na França.
O Simpósio reuniu pesquisadores, acadêmicos, profissionais e representantes dos movimentos sociais.
GENA Amazônia
Durante o Simpósio, foi lançado o grupo de pesquisa Gena-Amazônia, coordenado pelos professores Bárbara Dias e Jean-François Deluchey, integrado à rede mundial de pesquisa Gena (Grupo de Estudos sobre Neoliberalismo e Alternativas), coordenado atualmente pela professora Haud Guéguen e pelo professor Pierre Sauvêtre, da Universidade Paris-Nanterre. A rede de pesquisa conta com 50 membros de vários países, como Argentina, Bélgica, Canadá, Chile, Itália, França, Grécia, Turquia e Brasil, inclusive com pesquisadores da Região Amazônica.
Com informações do TRT-8